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As músicas e meu pai

Louis Armstrong

Meu pai, seu Omar, foi o responsável por eu me interessar por música e também por aprender sobre ritmos, bandas e músicos. Dentre suas preferências estavam as “big band”, que eram grupos musicais de jazz e swing populares dos anos 1920 até 1950.
O formato de uma big band integrava de 12 a 25 músicos. Eram saxofones (dois saxofones altos, dois saxofones tenores e um saxofone barítono), trompetes e trombones (três trombones tenores e um trombone baixo), além da cozinha, como era chamada a base harmônica do grupo, formada por guitarra, baixo ou contrabaixo, bateria e piano. Algumas usavam também um grupo de cordas composto de violino, viola, violoncelo e contrabaixo; além de ainda admitir outros instrumentos como flauta, clarinete e instrumentos de percussão que variavam de uma banda a outra dependendo do estilo e arranjo musical.

Glenn Miller
Nat King Cole

As bandas preferidas do meu pai eram a Glenn Miller Orchestra, Ray Conniff e Paul Mauriat. No entanto outros artistas se destacavam, como: Dizzy Gillespie, Count Basie, Duke Ellington e Benny Goodman, além de cantores como Nat King Cole, Frank Sinatra e, o meu preferido, por seu estilo com o trompete e a sua voz única, Louis Armstrong.
O jazz e o swing, além do blues, foram os responsáveis por preparar a “sociedade” para a vinda do rock, além de ter colaborado também musicalmente. Foi o estilo que quebrou a seriedade da dança, fazendo com que os jovens da época pudessem se divertir ao dançar!
Ainda me lembro dele falando todo empolgado sobre os artistas e músicos preferidos sem deixar eu me aproximar do equipamento de som ou das fitas cassete, até porque eu tinha apenas 5 ou 6 anos.
À medida que crescia, pude chegar mais perto de suas fitas, discos (LPs) e, bem depois, CDs. Tenho grande parte da coleção dele guardada até hoje!

Em uma viagem que ele fez pela empresa em que trabalhou por mais de 30 anos — foi um encontro nacional dos representantes —, teve uma apresentação da big band brasileira Traditional Jazz Band, quando ele ganhou um CD e trouxe para mim. Eu já tinha mais de 17 anos nessa época e o CD está guardado até hoje.

O gosto por esse estilo era algo dele, mas ele tinha outras músicas que costumava ouvir com minha mãe, como as serestas, a bossa nova e a Jovem Guarda, mas isso é assunto para outro texto!

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